Em “Cárcere Privado”, um jovem assaltante invade uma casa. A família reage e consegue rende-lo, decidindo manter o intruso como refém alegando que viram na TV que bandido depois de solto volta para se vingar. Trata-se de uma história sobre medo, valores e loucura. Um filme onde o espectador é convidado a refletir sobre a capacidade do ser humano numa condição limite, tal qual o fez, na literatura, William Golding em “O Senhor das Moscas”, mais tarde no cinema, Luis Buñuel em “O Anjo Exterminador” e, mais recentemente no cinema brasileiro, Gabriela Amaral em “Animal Cordial”.

O objetivo geral é realizar um longa metragem que possua características estéticas e narrativas fundamentadas no gênero do terror psicológico, para circulação inicial em Salas de Cinema com posterior distribuição para Streaming e VOD. Falar sobre o medo da violência e apontar seus desdobramentos é urgente diante da nossa atual conjuntura política e social. Segundo Maria da Graça B. Almeida no livro “A Violência na Sociedade Contemporânea”, todos somos potencialmente violentos e a maneira de administrar essa agressividade é que nos diferencia uns dos outros. Alguns encontram formas construtivas para canalizar a própria destrutividade. Mas há os que, influenciados por fatores diversos, costumam descarregar nos outros a sua violência.